Barrados no Shopping

segunda-feira, 9 de junho de 2008


Desculpem, mas essa sexta não pude escrever os causos do menino que crescia por problemas pessoais, mas nesta sexta vai ter mais.




Adoro cinema. Adoro o cheiro local, o clima ansioso das pessoas para assistirem ao filme, a sala escura, os burburinhos e até mesmo o canhoto do ticket que te entregam ao entrar na sala.
Não foi diferente nesse último sábado quando resolvi assistir o quarto filme de uma das minhas trilogias preferidas o Indiana Jones. Estava aproveitando todas aquelas sensações e quem apontasse seu olhar curioso para a parte de cima das fileiras estofadas do cinema e me visse sorrindo e aproveitando todo aquele ar não acreditaria a aventura que foi estar ali. Explico:

No Cinemark a empresa do melhor complexo de cinema aqui de Guarulhos emprega uma lei cruel em suas dependências: A lei da fome.
Essa lei diz que você só pode comprar e entrar com comida que seja vendida por eles, tudo o que for de fora fica pra fora. Pois bem essa lei se torna mais cruel quando resolvo dar uma olhada para o menu variadissimo de guloseimas do ambiente e percebo logo de cara que vou precisar vender a meu corpo pra comprar uma garrafa de água que seja.
Eu só via uma saída para aquela situação, naquela tarde eu iria infligir a lei.

O plano era simples e parecia bom, esse complexo de cinema fica dentro de um shopping e todo shopping tem um mercado, iríamos até ele compraríamos o maior número de coisas e doces e balas que pudéssemos esvaziaríamos os bolsos e bolsas e colocaríamos os produtos contrabandeados neles e entraríamos ilesos.

Dada as diretrizes rumos para execução do plano e a primeira parte foi simples a não ser na parte da fila do mercado, estava gigantesca e pelos olhares nervosos daquela gente acho que grande parte daquele pessoal teve a mesma idéia que eu, malditos contraventores.
Terminada a tortura da fila era hora de esvaziarmos os bolsos. Tudo que era superfalo deveria ser jogado fora para dar lugar a mercadoria. No meu caso foi simples só tive que me desfazer de um monte de papel inútil e foi assim um a um a não ser com minha maior cúmplice: Adriana banana que também chamo de amor, coração, paixão, anjo, bem essas coisas.
Sua bolsa tinha muitas coisas e no entendimento dela não era nada superfulas, na verdade é um enigma como uma bolsa tão pequena pode comportar tanta coisa, dali saia de tudo, desde toda a parafernália feminina como batom, lápis e absorvente até pilhas incrível. A bolsa da mulher é um mundo à parte. Depois de alguma discussão demos um jeito, claro não conseguimos fazer com que ela jogasse nada fora, mas ela arrumou uma maneira que conseguir enfiar mais alguma coisa lá (não me pergunte como).
Terminada esse processo já era hora de testarmos nosso plano e fazer frente ao nosso maior inimigo: O Bilheteiro.

Fui na frente confiante, pois tinha que passar segurança para meus parceiros, um pouco mais atrás de mim estava Adriana Banana, cuja mão trêmula pregada a minha dava o tom do nervosismo que ela estava. Outros do bando vinham mais atrás com alguns quilos a mais pregados nos bolsos do casaco. Chegamos a frente do cinema olhei pra trás e firme disse vamos e dei um passo quando senti um forte puxão olhei pra trás e ouvi a Adriana dizer:

- Má (ta certo, isso não é apelido para um mafioso mas ela já ta acostumada a me chamar assim) tem certeza que eles não revistar agente?
- Claro que não, isso ai é um cinema não é a alfândega é só agirmos naturalmente.

Dito isso eu imaginei o que aconteceria se eles tivessem empregado cães farejadores de guloseimas, teríamos que correr daquelas feras mas com todo o peso extra que estávamos levando ficaríamos mais lentos do que já somos mesmo então estas bestas pulariam em cima de nós estraçalhando nossas vestes e trazendo a luz da lei a prova do nosso crime. Nos jornais matinais a manchete:
“GRUPO DE GAROTOS SÃO PRESOS AO TENTAREM CONTRABANDEAR COMIDA PARA O CINEMA. POLICIA ACREDITA SER O MAIOR BANDO DO PAÍS”.

Deixei esse pensamento de lado, pois era bem capaz de o meu grupo acreditar nessa besteira.
Puxei eles para a fila para entregarmos o ticket e ali foi que o desastre aconteceu.
Já tinha entregado o meu olhando fundo nos olhos do bilheteiro (droga ficou meio gay isso) tentando passar confiança e naturalidade ele tinha comprado minha atuação pois mandara eu passar e foi assim um a um quando o ultimo de nós enfia sua mão suada no bolso do casaco para puxar o bilhete e junto com ele cai um saquinho de bala.
Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooooooooooo!!! Olhamos um na cara do outro e ao redor ao mesmo tempo tentando encontrar um ponto de fuga algo que pudesse nos tirar dali rápido. Mas claro não deixaria ninguém pra trás essa era a leia dos bandidos.
Olhei para meu companheiro que fez a merda toda para ir em sua defesa quando vejo ele se abaixar pegar o saquinho, entregar o bilhete ao bilheteiro que diz firme:
- Bom filme senhor.
- Brigado.

Hahahahahahah foi o som ouvido quando ele se juntou a nos. Tanto barulho por nada.
Assim rumamos pra sala escura para ver mais uma aventura do fabuloso Indy.

Até.

4 comentários:

Mickey disse...

muito bom o texto grande mas bom...parabens pelo blog



http://sonacachaca.com

Anônimo disse...

uahauhauahuaahu
ô os loucoss?
uahauhauah
abração brother
moh legal a históriaa!!

Carla M. disse...

Sarge, deliciosa crônica!!!

Eu nem preciso dizer que morri de inveja, já quer tô louca pra ver Indy IV e não consigo!

Quanto às contravenções, eu realmente sou uma das criminosas que atuam no ramo. Acho que elas sempre são válidas quando a norma é injusta e desleal.

Todo meu apoio ao teu bando!!!

beijo!

Greta Manilla disse...

Pensei que tinha comentado por aqui... O.o

Eu faço isso a muito tempo, achgo que todos os cinemas são assim. Nunca fui pega. (Aêêê!)

Dá uma passada no meu blog novo:
http://acrossalltheuniverse.blogspot.com

=D

 
Blog do Sarge - Templates para novo blogger