Santas Mulheres

sexta-feira, 23 de junho de 2006


Não sou feminista, pudera nunca ouvi falar de um homem feminista, nem mesmo sou machista e nem um outro “ista” que por ventura me venham atribuir, mas tenho por força da consciência, correr em defesa das mulheres, afinal de contas minha mãe é uma.
E do que eu as defendo, alguém me perguntaria. De quem mais seria se não de nós homens?
Traidor! Judas! Maricas!
Calma lá, antes que me venham com pedras nas mãos preciso dizer que, apesar de sermos o mal das mulheres, somos mais que necessários, somos como poderei dizer, a razão de as mulheres serem superiores em moral a nós uma vez que pra ser superior tem que ser superior a algo, no caso nos homens.
Desculpas dadas vamos aos fatos.

Somos esquecidos:
Pode dizer você já esqueceu o aniversario de namoro, não é? Cara é imperdoável! Afinal de contas são três anos e... Quantos meses? – há sim – e dois meses, ou seja, uma data única, não volta mais ta certo as outras também não, mas isso não te torna menos nojento.
E aquela vez que ela te ligou e pediu pra pega-la na droga,quero dizer, no lindo shopping novo que abriu e você disse “beleza amor,não ta certo estarei lá” mas antes passa na casa da galera pra tomar aquela gelada e assistir o jogo.Incrível como essa combinação de elementos (mulher ligando, cerveja e jogo) pode causar amnésia, agente, quero dizer, os caras simplesmente esquecem da vida, alguém deveria fazer um estudo serio sobre isso!
De qualquer forma não importa, isso não pode servir de desculpas pra ir vê-la duas horas após o combinado, não mesmo. Cara você fede.

Somos manhosos:
Sim, e nem vem com essa cara. Homens de fato nunca crescem, somos eternas crianças sempre necessitando de colo, ainda mais se esse colo vir com um par de pernas bem torneadas, ai que agente, bem, os caras deitam e rolam.
É certo que as mulheres pra exercitarem seu lado materno precisam de vez em quando que façamos esse papel, mas tem vez que exageramos. Ou vai dizer que fingir de doente só pra sua mãe levar comida pra você na cama não é canhordice? Ou dar uma de tristonho sem querer dizer o que aconteceu só pra sua namorada ficar com dó e fazer um carinho e quem sabe rolar aquela transa mesmo, hã? Ou a pior de todas, aquela de fingir que machucou o dedo enquanto lavava a louça só pra não ter que lavar o resto e elas terminarem, em?
Sem palavras você é um verme.

Somos ciumentos:
Afinal de contas quem gosta de parceria é jogador de truco. E você sabe que aquela saia que te deixa louco quando ela põe, também deixa loucos os outros marmanjos sem-noção também não é mesmo? Beleza, eu sei como é isso, mas vem cá ficar encanado porque o ginecologista dela é homem é de matar de rir.
E aquele shortinho que ela adora e você detesta? Não justifica uma discussão acerca do tempo e daí que ta o maior frio?
Claro que falo isso porque a namorada é sua, mas mesmo assim.
Somos os piores.

Somos mentirosos:
Sim, mas não é por mau, pois como justificaríamos as mazelas acima? A verdade só magoaria vocês mulheres e como disse John Nigro, “o erro é inerente ao ser humano, o importante é não passar da conta”. :)
Por tudo isso e mais um pouco as mulheres são seres mais que especiais, dão de dez a zero em moral em nós temos muito que aprender com elas(não que a gente se esforce muito pra isso), mesmo não entendendo muito de futebol, ou de manobras com carros e todas essas coisas sem importância, elas são superiores e sinceramente eu adoro quando a mulher fica por cima
:)

Deus esta surdo

sábado, 17 de junho de 2006


Vou contar uma historia que talvez parece surreal, mas já vou adiantado, ela é fruto da mais pura realidade.

Nesta historia existe uma rua, uma rua como muitas outras, que eu chamo de minha, por força do habito mesmo. Nessa rua, minha rua, existe também pessoas como qualquer outra rua que por peripécia do destino, me obrigo a chamá-los de vizinhos.

Os vizinhos, meus vizinhos, de nada tem haver com essa historia, bem ao menos os vizinhos normais, aqueles que têm casa na frente e ao lado da sua e que falam mal de você quando da as costas.
Não, desses eu nem quero falar de tão chatos que são. Mas então qual tipo de vizinho eu quero meter o ferro você me pergunta?
O tipo de vizinho que não é uma pessoa e sim uma instituição arrecadadora de dinheiro dos desesperados. Sim, isso mesmo, em minha rua tem uma igreja.

Essa igreja, que não é minha igreja como todas as outras que não são, que fica em minha rua dentre os meus vizinhos tem o péssimo habito de levar seus clientes a berrarem a plenos pulmões toda a sorte de ladainha que suas mentes podem comportar.
O mais impressionante é que a dita cuja nada mais é que uma garagem mal improvisada decorada com cadeiras de plástico infantil e que na altura de seu 1 ano de existência leva as mesmas meia dúzias de pessoas a nos enlouquecerem cada qual falando mais alto possível numa prova incontestável de que deus deve ser surdo.
Mas pra aqueles que acham isso uma heresia e não aceita a idéia de deus ser surdo vale um aviso, corram com seus pedidos, pois se ele não é então ta ficando.
O negocio é tão serio que certa vez por volta da sete da manhã eu fui acordado por um coro que parecia o de mil vozes gritando MILAGRE! MILAGRE! MILAAAAAAAGREEEEE!
Claro, mais que depressa corri pra janela que fica enfrente a rua da porra da igreja, o coração batia forte a adrenalina a mil, sim, pois não é todo dia que se vê um milagre tão sonoro e ainda mais tão cedo.
Pus minha cara inchada pra fora da janela pra ver a multidão de ovelhas passarem com seus milagres e qual não foi minha surpresa ao ver que essa multidão nada mais era que três sim três mulheres que de dentro da igreja gritavam o mais alto possível de cara pra parede, MILAGRE! MILAGRE!
Serio que raiva!
Mas elas tinham razão era um milagre as paredes não terem caído com tamanho barulho, como também era um milagre eu e mais ninguém ter ficado surdo com três tiazinhas xiitas adoradoras de parede falando mais alto que meu pensamento.
E quando os caras resolvem cantar!! Nossa, da até desespero, uma voz pior que a outra, imagino que seja castigo dos céus por eu ser um mau menino, não tem outra explicação.
Como eu gostaria de ver eles falando em línguas... Em línguas de surdo e mudo hahaha!
Com poder vocal desses caras pra que trombeta?
Mas tudo bem eu espero que toda a dedicação deles os levem pra um lugar melhor e que de preferência um lugar melhor bem longe dos meus ouvidos.

Fim da historia.

Anos Incríveis

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Eu nasci no ano da revolução, das novidades, no tempo em que a tv prestava e a tecnologia crescia e dominava o imaginário das pessoas. Eu estou falando dos anos 80.
Por vezes me pego a pensar naquele tempo, claro enquanto os anos 80 florecia eu ainda era uma criança, mas me lembro de muita coisa daquela época que pra mim foi um esboço pra vida moderna que temos hoje.
Os anos 80 foram marcantes em todos os campos desde musica, cinema, tv, brinquedos até política, pois apesar de ter somente nove anos eu ainda tenho na memória as imagens da queda do muro de Berlim mesmo que naquela época eu não tenha entendido aquele gesto.
Quem nascido por volta daquela década não é capaz de sem lembrar de seriados como “Armação Ilimitada” com a dupla mais que dinâmica Lula, Juba, e seus fieis escudeiros Zelda e Bacana. Cara! Eu não perdia um episodio e penso porque será que hoje em dia não se faz nada nem parecido. It’s a shame.
E ja que estamos falando de tv não poderia de deixar de citar os desenhos animados que em minha opinião dão de 80 a zero nos que temos atualmente.
Disparado em minha preferência estava “Caverna do Dragão”. Talvez ele até tenha sido responsável pelo meu gosto por RPG uma vez que foi inspirado em um jogo do estilo o mais que conhecido “Dungeos and Dragons” que alias é o nome do desenho no original americano. Simplesmente vibrava com cada episodio, me intrigava com cada um dos enigmas que o misterioso mestre dos magos jogava pra cima dos heróis, gostava como o Vingador mostrava o quão mau ele era e claro o supra sumo aquele pelo o qual torcia pra aparecer misturando ansiedade e medo, sim eu tinha medo dele, eu estou falando de Tiamat o dragão de cinco cabeças e que apavorava o Vingador e que morava nos “Cemitério dos Dragões” palco de um dos melhores episódios da serie. Infelizmente o desenho acabou sem um final(é parece que os garotos nunca voltaram pra casa) o que gerou muita boataria pela internet apontando o tão esperado desfecho da serie, nunca vi um plausível.
Sim, havia outros desenhos que me encantavam também como o He-man , os Smurfs (que tinha na vila inteira uma mina só a Smurfet ou seja a surub rolava solta rsrsrs) Cavalo de Fogo que tinha os assistentes de vilão mais burros na face da terra, o saudoso Thundercats, ou vai dizer que não se lembra dele, Mun-ra o ser eternooooo!!! Que alias deixa a pergunta se ele era eterno porque se preocupar com o Lion e sua turma, era só esperar eles morrerem, não? E muitos outros.
Há! Ia me esquecendo a She-ra era uma merda!
Mas não era só na tv que a coisa andava, pois pelas ondas do radio o clima era bem melhor do que o atual. O rock era autentico e certas musicas vinda daquele tempo ainda permanece em nossas cabeças nos chamando a celebrar o que já passou. As banda surgiam na urgência de se fazerem presentes no seu meio, eram contestadoras e alegres ao mesmo tempo.
Paralamas do Sucesso, Lobão, Legião Urbana, Ira!, Capital Inicial, Blitz não são nem sombras hoje do que foram em 80. Salvo claro o eterno Cazuza que falava ao coração verdades que a cabeça não entedia.
Claro aqui como no mundo era também febre as Discotecas só que eu não podia nem atravessar a rua sozinho naqueles anos quanto mais ir a uma discoteca.
Também não posso deixar de citar o cinema.
Amo o filmes dos anos 80 e quem não se divertiu assistindo via sessão da tarde mesmo filmes como “Curtindo a vida a doidado” que ser nesse mundão não adoraria fazer o que Ferris fez naquele filme e a parte que ele destrói o carro do pai do seu amigo hahaha!

Pode falar você assistiu “Gooneis” pelo menos umas cinco vezes, não? Se não, não sabe o que perdeu.
Cara! Como dizia o Cazuza “O tempo não para, não. Não para” mas bem que podia nos trazer de volta aqueles anos incríveis.

O Senhor das Armas

sábado, 10 de junho de 2006


No ultimo final de semana, tive o prazer de assistir a esse surpreendente filme, que alem de ser muito bem produzido, nos envolve em sua estória (ou historia, pelo teor do filme?) que nos revela de forma clara e sem falsos moralismos o que de fato rola no mundo dos mercadores de armas.
O interessante é que á estória é contada do ponto de vista de um comerciante de armas, Yuri Orlov (Nicolas Cage), que após presenciar um assassinato em um bar tem, digamos, uma epifania. Vocês me perguntariam que idéia ele teve, de virar padre, budista, policial?
Não. Nada tão clichê ou simplório, na verdade ele resolve entrar para o comercio de armas... O comercio negro de armas.
Nesta película não cabem redenções nem mesmo discursos politicamente corretos, os fatos são servidos crus, no máximo com o cinismo característico dos homens que justificam seus atos de maldade (?) em detrimento da sociedade em que vivem.
Um exemplo claro é exibido logo no inicio do filme quando o personagem de Nicolas Cage em um monologo diz que existem mais de 550 milhões de armas de fogo pelo mundo, o que significa 1 arma pra cada 12 pessoas e em seguida emenda “A única pergunta é: como armar as outras 11?"
Nessa declaração feita a sangue frio e sem ressentimentos já nos da uma amostra a que a produção se propõe.
O filme surpreende em mostrar não um homem ávido pelo poder e sem alma, pelo contrario Yuri sabe que o que faz é errado tem crises de consciência, mas não consegue parar de vender seus produtos mortíferos pelo simples fato de que é bom no que faz, ele não fica feliz em saber que uma criança morre em algum lugar do mundo vítima de seu comercio, mas se alivia no próprio trabalho que desenvolve, ele não é um monstro é um capitalista que vê nisso o significado de sua existência, tanto que abdica do que é dado como sagrado à própria família.
O final é outra surpresa que foge ao arremates dramáticos e românticos de Hollywood, final infeliz, mas a felicidade não é um estado perene e sim um momento da vida de cada um por isso mesmo a produção ganha pontos ao documentar o que para os mais desatentos não passa de ficção.

“O maior mercador de armas do mundo é o comandante dessa nação” Yuri Orlov.

Vale cada minuto.

Dados técnicos:

Direção e roteiro: Andrew Niccol

Elenco: Nicolas Cage, Bridget Moynahan, Jared Leto, Shake Tukhmanyan, Jean-Pierre Nshanian, Jasper Lenz, Kobus Marx, Stephan de Abreu, Ian Holm, Tanya Finc, Lize Jooste, Donald Sutherland, David Harman, Neil Tweddle, Sajad Khan, Ethan Hawke, Tony Caprari, Jared Burke

Terra Mirabilis

domingo, 4 de junho de 2006

Passeando pelas ruas da cidade percebi que existem muitos brasileiros patriotas, pois o que há de bandeiras hasteadas em janelas, portas, portões, varal, casinhas de cachorro e o que mais você puder imaginar são incontáveis.
Mas me pergunto, onde esses devem morar?Porque no Brasil não é, ou eu estou ficando míope.
Os brasileiros patriotas devem ter casas de temporada aqui no país e de quatro em quatro anos, anos em que acontece a copa eles vêem pra cá demonstrar todo seu amor a terrinha, lotam nossas ruas de sujeiras referente a copa, soltam fogos, e depois partem pra uma vida melhor longe da violência, em algum lugar da Europa.
Se não concordam então se perguntem quantas vezes viu uma bandeira brasileira hasteada em época que não a da copa.
É bem mais fácil você ver algum moleque vestindo uma blusa com as siglas U.S.A e a bandeira desse pais cobrindo tudo que ver alguém vergando nosso manto maior.
Não digo isso por eu ser patriota. Longe disso!
Mas também não tenho a atitude hipócrita de me cobrir de verde e amarelo de quatro em quatro anos e nesse ínterim achar que aqui é o melhor lugar do mundo.


Fico imaginando um desses patriotas temporão chegando em casa e dizendo para seu filhinho:

- Hei moleque, é ano de copa vai lá em no meu quarto e pega a bandeira do Brasil pra gente mostrar que “nois é amante desse solo”.
- Ta, mais qual é a bandeira do Brasil pai, ta cheio de coisa lá.
- Como assim moleque? É aquela verde e amarela, cheio de estrela com alguma coisa escrita no meio. Vai dizer que não sabe?
- Não é isso pai, é que a ultima vez que a vi foi a quatro anos atrás e eu era bem pequeno já me esqueci.

 
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